O segundo dia do Polifonia: Emo Vive, realizado no último domingo (08) em São Paulo, foi mais que um show: foi um reencontro de origens.
O festival, que teve quatro dias intensos em Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo, consolidou de vez seu papel como um dos principais eventos a celebrar a cultura emo no Brasil. Mas foi no domingo que a emoção se transformou em poesia viva, finalizando com chave de ouro, lágrimas nos olhos e um público completamente entregue.
A banda Morro Fuji teve a missão de abrir o dia e cumpriu com força: com uma sonoridade potente e letras que ecoam angústias modernas, eles prepararam o terreno para o que viria a seguir
Logo depois, Hateen subiu ao palco com a energia que só eles têm. Mas foi durante a música 1997 que o ápice emocional começou: Esteban Tavares fez uma participação especial. O músico deixou o palco visivelmente emocionado, e com ele, boa parte do público também.
A sequência com a banda Mãe foi um capítulo à parte. O clima tomou ares cinematográficos, como se estivéssemos vivendo uma daquelas cenas finais de filmes adolescentes dos anos 2000, trilha sonora perfeita para corações nostálgicos e apaixonados.
Quando a banda Emery subiu ao palco, a energia já estava lá em cima, e foi além. A apresentação também contou com a participação de Esteban Tavares, em Walls.
Em seguida, o Anberlin tomou conta da noite com um show poderoso. Os norte-americanos mostraram o porquê de serem ícones da cena, tocando para um público que sabia cada verso, cada riff, como se o tempo não tivesse passado.
Mas o momento mais esperado foi o último: Fresno. E que show! Com Lucas Silveira guiando o público por memórias, ele apresentou um repertório focado nos primeiros álbuns da banda, com destaque especial para o icônico “Ciano”, lançado em 2006.
Durante o show, Lucas contou histórias de cada faixa, revelando o peso emocional e criativo de um dos álbuns mais importantes da cena emo brasileira. O público ouviu e respondeu com aplausos, gritos e lágrimas.
Em um momento marcante, o vocalista agradeceu por estar ali, e por ver seus ídolos de juventude assistindo à apresentação da Fresno naquela noite. Emoção pura. Emoção real.
O domingo do Polifonia foi mais que um festival: foi uma declaração coletiva de que o emo não morreu, ele amadureceu, cresceu junto com seus fãs, mas nunca deixou de existir.
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