No domingo, 14 de setembro de 2025, São Paulo ganhou uma noite especial com a estreia do Boston Manor no Brasil. O palco escolhido foi o City Lights Music Hall, em Pinheiros, Rua Padre Garcia Velho, 61, e o público alternativo compareceu com expectativa evidente. A noite teve abertura de Maré Morta e Swave, cada uma trazendo uma proposta diferente para preparar o terreno para o headliner britânico.
Quem tocou
Maré Morta abriu a noite: banda nacional com perfil pesado, influências de post-hardcore e sonoridades mais densas.
Swave seguiu na sequência: grupo que já tem estrada na cena independente, com membros de bandas como Far From Alaska, Violet Soda e Supercombo; som que mistura rock alternativo, grunge, uma pitada de nostalgia e com muita identidade própria.
Boston Manor fechou a noite: britânicos de Blackpool, formados em 2013, que começaram no pop punk, mas foram se expandindo para sonoridades de rock alternativo, post-hardcore, elementos eletrônicos, sempre com letras que dialogam com isolamento, crise existencial etc.
Impressões das bandas
Abertura com Maré Morta: ela entregou um set pesado e visceral, para aquecer o público, com momentos de energia e densidade instrumental, preparando todos emocionalmente para a noite.
Swave na sequência agregando contraste: menos agressividade do que Maré Morta nos riffs mais extremos, mas com melodias fortes, vocais que permitiriam interação, canções conhecidas pelo público, arranjos mais limpos, variações de energia.
Boston Manor fechando com grande impacto: uso de luzes, contraste entre faixas pesadas e momentos de canto coletivo, aproveitamento de canções recentes e favoritas dos fãs. Vocais bem destacados, som potente, e público bastante participativo, gritando refrões, cantando junto, e com toda certeza rolou aquele Moshpit.
Estrutura técnica bem cuidada (som/iluminação). Atmosfera geral: mistura de tensão, catarse e comunidade. Quem aprecia esse tipo de cena costuma valorizar não apenas a execução, mas sentir que está ali “junto”, que há diálogo entre banda e público mesmo que silencioso, nas pausas, nos momentos emotivos.
Público
O público estava visivelmente empolgado e participativo, cantando junto com as bandas e respondendo positivamente às interações dos músicos. As bandas demonstraram entusiasmo ao se comunicar com os fãs, criando uma atmosfera de cumplicidade e energia compartilhada.
Uma experiência imersiva em Pinheiros
A estrutura do City Lights, localização em Pinheiros, o cuidado e todo ambiente, sugere que a produção do evento apostou num público que valoriza não apenas o som, mas contexto, atmosfera, presença musical ao vivo.


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