Oxigênio Festival e a força da cena underground


O Oxigênio Festival, muito conhecido por dar espaço a novas bandas, misturar estilos musicais e apresentar um público fiel anunciou mudanças de local causadas pelo fechamento do aeroporto Campo de Marte, em São Paulo, onde a estrutura já estava montada e os palcos prontos para o público curtir o final de semana de shows do dia 03 e 04 de Agosto. Ocorrendo no cine joia, as 15h, o evento sofreu mudança de horário e, além disso, apresentou que o segundo dia de festival seria na Áudio. 

As bandas que iniciaram as apresentações vieram de longe para mostrar o seu som ao público de SP: Backdrop Falls (CE) e Horney (SC).

A banda Backdrop Falls iniciou a apresentação mostrando um rock alternativo e características do punk. O quarteto formado por Collyer (guitarra/vocal), Rafael Neutral (guitarra), Breno de Sousa (bateria) e Marcelino Oliveira (baixo) já tocou ao lado de bandas como Sum 41, Against Me, Face to Face e Hellacopters. 


Horney, a banda que visivelmente surpreendeu o público que chegou logo na hora da abertura dos portões do Cine Joia, diretamente de Joinville, apresentou um estilo musical que resgata raízes do rock. A banda atualmente é integrada por: Duda, André, Jorge e Bruno e já possui dois trabalhos autorais. O ponto alto foi a vocalista, com um alcance vocal impecável, com certeza a maior revelação do festival no sábado.



Aurora Rules, banda de Goiânia, mostrou o quanto era um nome de peso na line do festival, com um posthardcore que enlouqueceu a plateia. O show contou com a presença de fã cantando no palco e gritos em coro com cada verso do vocalista Yuri Lemes. Um dos shows mais agitados e entregues da noite! Juntamente com Bayside Kings, os integrantes de Aurora Rules fizeram o público invadir o palco e mostrar que o Oxigênio Festival é conhecido por muito stage dive. 

 
O quarteto santista de punk hardcore Bayside Kings estava sendo muito aguardado pelas letras em português que foram inseridas na setlist, estreitando a relação com a já sólida base de fãs. Para o vocalista Milton Aguiar, os fãs tinham que “dar trabalho” e a banda lançou boias de piscina, bolas infláveis e um show marcante. Conseguiram dar trabalho!

Chris Cresswell, vocalista e guitarrista do The Flatliners, apresentou um set acústico e o público conheceu mais de suas músicas dos discos solo e, claro, hits do The Flatliners, como “Bury me” e “Indoors”. Foi um momento de apreciação e descanso aos fãs que iriam prestigiar Dominatrix logo após a apresentação. 


Dominatrix, considerada uma das precursoras do movimento Riot Grrrl no Brasil mostrou show energético e a força em ser um dos grupo feminista atuante no underground. Com sucessos como “Meu corpo é meu” e “Patriarchal Laws”, Dominatrix mostrou o quanto ainda pode estimular o empoderamento feminino nos dias atuais.

Hateen, banda formada em 1994, entrou no palco com pessoas que ansiavam pela nostalgia que a banda trás. Com a plateia cantando em um coro só era possível observar muitos momentos de emoção e entrega. A banda tocou os maiores sucessos dos tempos da MTV, como “Quem já perdeu um sonho aqui?”, “1997” e “Coração de plástico”.


E o show em que todos estavam esperando Hot Water Music, fechou a noite com maestria. Com a plateia que cantou todas as músicas e a casa cheia, a banda americana de punk rock se entregou ao público do começo ao fim, rolou até pedido de música por um fã e a banda atendeu! 


Chuck Ragan mostrou carisma do começo ao fim, agradecendo os fãs e mostrando a importância da música para a união e superação de momentos difíceis. O Oxigênio Festival, apesar dos obstáculos, entregou um festival de qualidade e celebração. O festival esteve mais vivo do que nunca, mostrando que a comunidade que frequenta o evento é mais forte do que nunca!

Foto: Hot Water Music / @mayabreuq


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