Dê o play: Conheça Wunderhorse, a desordem que devolve vida ao rock atual.

 

Formada em 2020 pelo vocalista e compositor Jacob Slater, acompanhado de Harry Fowler (guitarra), Seb Byford (baixo) e Jamie Staples (bateria), Wunderhorse vem criando seu espaço no cenário do rock atual através do caos.

A banda que debutou em 2022 através do álbum “Cub”, chamou a atenção das críticas e do público, por soar como um blues, mesclado com uma banda de garagem indie reconfortante, sendo uma das bandas com canções de rock mais bem elaboradas e interessantes dessa década. Com um catálogo lírico envolvente, Wunderhorse escreve desde a vida adolescente, drogas, autodestruição, depressão à amores fracassados e alegria juvenil, remetendo tanto os tempos atuais como os antigos – o que cativa mais ainda por ser uma banda atemporal. O disco de debut foi um sucesso, colocando o grupo como os autores de um dos melhores álbuns de 2022 de acordo com a NME.

Com um repertório cativante como “Purple”, “Leader of the Pack”, “Teal” e “Girl Behind the Glass”, os garotos da inglaterra, logo tornaram-se ato de abertura de grandes nomes como Fontaines D.C, Pixies e Foals.

“Midas” segundo disco da banda traz um conceito mais amplo e complexo, atravessando a barreira do grupo ser apenas uma banda barulhenta, trazendo um enredo poderoso que cativa o ouvinte – e até mesmo os leitores e historiadores. O disco que se baseia na história de Midas, personagem da mitologia grega, rei da Frígia, possuía um mito curioso, como característica central: tudo o que ele tocava transformava-se em ouro, criando um “Complexo de Midas”.

Sobrevoando cenários fictícios, com letras sombrias e depressivas, agarradas a guitarras e solos gritantes, o grupo apresenta uma faceta única em canções como “Rain”, “Silver”, e “Girl”, trazendo diversas narrativas, desafiando enredos e os limites da criatividade e da saúde mental. Contudo, o disco traz como personagem principal —  um homem de gravata, estampado na capa com uma pomba, citada na música. “Superman”. A canção concentra o conceito central do álbum, que reflete sobre a busca pela liberdade diante de um mundo opressivo: “Sinto que estou flutuando fora deste escritório, cabeça pelo teto, sobre os prédios, eu abro meus braços como uma águia, eu sou uma águia, uma bela ave.” A escolha precisa de cenários e de um homem que veste terno e gravata, aborda sobre a exaustividade do trabalho e a depressão funcional a troco de dinheiro – referenciando o personagem Midas.

Já o single “The Rope” lançado em junho deste ano, após a saída do ex-baixista Peter Woodin, marca uma nova trajetória para a banda. Com uma liricidade não linear, seguido de um vocal poderoso, e uma harmonia única, Jacob dispara “Estou cansado de jogar minha vida fora, na luz ofuscante de um mundo que simplesmente não quer saber”. A canção foge um pouco das características marcantes da banda, soando mais esperançosa, o que nos deixa curiosos para saber o que está por vir.

Wunderhorse segue em turnê pelo mundo, e esperamos ter a chance de vê-los no Brasil em breve! E você, conhecia a banda? Fala pra gente!


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