ENTREVISTA: BAD LUV e o álbum “NÓS”: união, intensidade e novos caminhos

 

A BAD LUV é formada por João Bonafé (baixo), Murilo Amancio (guitarra), Vitor Peracetta (bateria), Gee Rocha (guitarra e compositor, conhecido por sua trajetória no NX Zero) e Caio Weber (vocal, ex-Cefa). O quinteto nasceu em 2021, durante a pandemia, como um espaço de criação e reinvenção musical, reunindo experiências que vão de acompanhar artistas como Matuê, Di Ferrero, Gloria e Day Limns até a bagagem de Gee no rock nacional. Em 2025, com a chegada de Caio nos vocais, a banda consolida sua identidade, unindo peso, energia e letras que estabelecem conexões intensas com o público. 

Créditos: César Ovalle

A banda lançou o primeiro álbum, intitulado “NÓS”, o que mostra o quanto a força do coletivo é a essência do projeto. Com oito faixas intensas, o disco nasceu de forma quase inesperada. “No começo nem era para ser um disco. A ideia inicial era lançar um EP, mas as músicas foram crescendo e não conseguimos escolher só algumas. Quando vimos, tínhamos um álbum”, contou o vocalista Caio.

O título “NÓS” também surgiu de maneira natural. “Foi um nome que apareceu no meio das conversas e todo mundo abraçou de primeira. Só depois entendemos o quanto fazia sentido”, explicou. “Essas músicas são os nós que nos unem. É um retrato do nosso encontro”, completou.

O guitarrista Gee Rocha reforçou esse sentimento de coletividade:

“Pela primeira vez, nos olhamos e sentimos que estávamos completos. Esse disco é a nossa cara, um trabalho que carimba esse início e mostra quem somos de verdade.”

 O processo de gravação também trouxe desafios e marcou a identidade sonora da banda. “Optamos por um caminho mais analógico, gravando os instrumentos de forma direta, sem tantas camadas digitais. Isso nos obrigou a tomar decisões na hora e deu uma organicidade que acabou se tornando a cara do álbum”, explicaram João Bonafé e Caio Weber.

Apesar de cada integrante morar em lugares diferentes, a banda decidiu passar um mês inteiro junta para compor e gravar. A experiência, segundo eles, foi intensa e fundamental.

“Foi uma loucura, porque tinha tudo para dar errado. Mas deu certo. A energia deste mês colados transparece no disco, e acho que o público sente isso quando escuta”, revelou Caio.

A chegada do vocalista também redefiniu a fase da BAD LUV. “Quando o Caio entrou, tudo mudou. Ele trouxe novas ideias, novas letras, e nos reencontramos como banda. Agora é outra história, agora é realmente BAD LUV”, destacou Gee.

Além da música, o grupo também aposta nos visualizers, produções visuais que acompanham faixas do álbum. Para o guitarrista Murilo Amancio, o conceito tem tudo a ver com o momento:

“Cada música que não tem clipe ganhou um visualizer, sempre com a visão de um de nós. São registros pessoais, que ampliam o universo do álbum.”

Se Nós é apenas o começo, o futuro promete ainda mais. “Essas oito músicas representam quem somos agora. Daqui para frente, vai ser só crescimento”.

Com intensidade, autenticidade e muita entrega, a BAD LUV prova que sua jornada está só no início e que vale a pena acompanhar cada passo.


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