Os irmãos Dila
e Mansur JP, que formam o duo ’akhi huna, preparam-se para lançar no
próximo dia 10 de outubro o
aguardado álbum “PEDRAS VIVAS”. O
projeto abre uma nova fase criativa da dupla, cruzando ancestralidade e
modernidade em uma sonoridade que mistura MPB, soul, reggae, dub, pop
psicodélico e R&B, representando um salto artístico na carreira dos
músicos.
O título do disco remete à escola comunitária em que
os irmãos estudaram na infância, chamada Pedras Vivas, fundamental para sua
formação humana e musical. “Diz respeito
a sermos as pedras que edificam nossas casas e construções afetivas”,
explicam, destacando a importância pessoal deste álbum, que representa um
grande amadurecimento para ambos.
Concebido como um ritual de transição, “PEDRAS VIVAS” é ambientado em um dia
de cerimônia de batismo nas águas, tradição comumente presente em diferentes
religiões de matriz cristã e afro-brasileira. A narrativa simboliza a passagem
de ciclos e o sincretismo cultural que acompanha a trajetória dos irmãos, desde
a infância em Sobradinho (DF).
“Queríamos um
disco mais extenso, que abarcasse nosso amadurecimento desde o primeiro álbum.
Temos uma harmonia umbilical que torna o processo de criação natural. É como se
um completasse o impulso criativo do outro”, afirma Dila.
Com referências diretas à música brasileira dos anos
70, ao gospel norte-americano dos anos 90 e ao hip hop de Brasília dos anos 90,
o duo cita Jorge Ben, Milton Nascimento, Tania Maria, Ron Kenoly e DJ Jamaika
entre as influências diretas que sustentam a sonoridade do álbum e suas
produções em estúdio.
Fé, família
e ancestralidade
O disco é também uma homenagem às avós dos irmãos,
Nicinha e Najla, cujos gestos, memórias e ensinamentos atravessam a
musicalidade do projeto. “Esse disco
sopra nosso futuro e representa a continuação do sonho de quem veio antes de
nós”, afirma Mansur JP.
A capa do álbum traz a imagem simbólica da avó paterna
batizando o próprio filho, reforçando o elo entre fé, família e herança
libanesa-brasileira. “O sincretismo
cultural e religioso faz parte da história da nossa família, assim como para a
maioria das famílias brasileiras. Conceitualmente, o disco se passa num dia de
cerimônia do batismo nas águas, então acaba tudo vindo de uma bacia cultural
semelhante", concluíram os irmãos.
Não para por
aí
O primeiro single, “Abra os Olhos do Meu Coração”, ganhou videoclipe dirigido por Mark Vales, parceiro de longa data da
dupla, filmado em Sobradinho — assista aqui. Outro destaque é
“Na Pedra”, lançado em 2025 como
prévia do novo álbum.
O projeto foi viabilizado com apoio do Fundo de Apoio
à Cultura do Distrito Federal (FAC), importante ferramenta de fomento público
que torna possível a realização de álbuns com aporte financeiro, de grande
valor para a cultura do Distrito Federal.
Sobre
‘akhi huna
Formado pelos irmãos brasileiros de origem libanesa
Dila e Mansur JP, o duo de música brasileira ‘akhi huna é natural de
Sobradinho, Distrito Federal, Brasil. Com três álbuns de estúdio gravados,
ALELUIÁ (2020), VÁRZEA MINI JUMBO (2021), URUBU ARREBATA (2023) e um álbum
gravado ao vivo CIA METANOIA (2024), o duo tem reivindicado seu espaço na nova
cena independente, trazendo frescor criativo e composições melódicas profundas,
aliadas à uma produção arrojada que evidencia a facilidade com que os irmãos transitam
entre gêneros, arranjos inventivos e instrumentações precisas.
Em 2022, ‘akhi huna realizou uma série de
apresentações pelos EUA promovida pelo selo SWIMINSODA, passando por Nova
Iorque, Filadélfia e Los Angeles. Durante a turnê, o duo gravou seu terceiro
disco de estúdio, URUBU ARREBATA, no lendário estúdio Record Plant, em
Holywood, distribuído pelo selo franco- palestino Waterfall Music Records.
Desde o primeiro trabalho lançado, os irmãos já levaram sua sonoridade para algumas das principais capitais do país como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Goiânia, também para o palco de festivais dentro e fora do Brasil, como o Festival Altavoz em Medellín, Colômbia. Como produtores e instrumentistas, já colaboraram com artistas nacionais e internacionais como Letícia Fialho (DF), Toto de Babalong (BA), Luedji Luna (BA), Gaby Amarantos (PA), o jazzista Daniel Santiago (DF), Ariel Tintar (França), Hindi Zahra (Marrocos), Youssef Abado (Palestina), Anaiis (Inglaterra) e Marla Kether (Inglaterra).
Ficha Técnica
Lead Vocals:
João Davi Mansur, João Pedro Mansur
Backing
Vocals: João Davi Mansur, João Pedro Mansur, Vitor Micael (Abra Os Olhos Do Meu
Coração)
Acoustic
Guitar: João Pedro Mansur, João Davi Mansur
Drums: João
Davi Mansur
Percussions:
João Pedro Mansur, João Davi Mansur
Drums
Programming: João Pedro Mansur, João Davi Mansur
Electric
Guitar: João Pedro Mansur, João Davi Mansur
Bass: João
Pedro Mansur, João Davi Mansur
Synths: João
Pedro Mansur, João Davi Mansur
Sound
Engineering: João Pedro Mansur, João Davi Mansur, Pedro Isaac, Ricardo Ponte
Executive
Producer: Pedro Menezes

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