Duo brasiliense de origem libanesa transforma fé, ancestralidade e som em um ritual musical sobre pertencimento e passagem de ciclos.
O duo brasiliense ‘akhi huna’, formado pelos irmãos Dila e Mansur JP, apresenta seu novo álbum “PEDRAS VIVAS”: um verdadeiro batismo sonoro que atravessa gerações e memórias.
Inspirado na escola comunitária onde os dois estudaram na infância, o título carrega um simbolismo afetivo: fala sobre ser parte viva das construções que sustentam nossas histórias.
Misturando MPB, soul, reggae, dub, pop psicodélico e R&B, o disco marca um salto artístico para a dupla, que já percorreu palcos no Brasil e no exterior. “Falar sobre ancestralidade e memória umbilical é falar de nós mesmos, e nosso som é uma projeção direta de quem somos”.
Concebido como uma cerimônia de batismo nas águas, o álbum representa mais do que um renascimento, é, nas palavras deles, “um portal que liga nosso passado ao nosso futuro”. Essa simbologia ecoa também na capa, que mostra a avó paterna dos irmãos batizando o próprio filho, reforçando o elo entre fé, família e ancestralidade.
Entre as faixas, “Jogador Antevê, Craque Antevê” se destaca como o coração emocional do projeto, sintetizando as várias facetas do duo e o sentimento que permeia o disco. As influências são amplas e orgânicas: Jorge Ben, Milton Nascimento, Tania Maria, o gospel norte-americano dos anos 90 e o hip hop de Brasília se encontram naturalmente na identidade dos irmãos. “A gente não pensa tanto em equilibrar tradição e inovação — acontece de forma natural, porque essas referências sempre fizeram parte da nossa alma criativa”.
O álbum é também uma homenagem às avós Nicinha e Najla, figuras centrais na vida dos músicos. “Nossas avós moldaram a gente como artistas por meio da vida e da trajetória delas. Permanecem vivas nos nossos traços, batidas e harmonias”, completam.
Depois de uma turnê internacional pelos Estados Unidos e uma série de colaborações com nomes como Luedji Luna, Gaby Amarantos e Daniel Santiago, o duo segue firme em seu propósito: “Queremos gravar mais discos e rodar mais com as músicas — seja aqui no Brasil ou fora.”
E se alguém ainda não conhece o universo sonoro de ‘akhi huna’, os irmãos deixam três recomendações certeiras: “Onoyoko”, “Na Mão do Inimigo” e “Coccxix na Pelve” — faixas que traduzem o balanço, o ímpeto e a paisagem sonora que moldam sua trajetória.
“PEDRAS VIVAS” está disponível em todas as plataformas digitais.

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